terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Histórinha

Havia uma garota cega que se odiava pelo fato de ser cega!Ela tb odiava a todos exeto seu namorado!Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo,ela se casaria com seu namorado.Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela!Então seu namorado perguntou a ela:Agora que vc pode ver, vc se casará comigo?A garota estava chocada qd ela viu que seu namorado era cego!Ela disse: Eu sinto muito, mas não posso me casar com vc porque vc é cego!O namorado afastando-se dela em lágrimas disse:.....“ Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos.eles eram muito importantes pra mim“Nunca desprese quem ama vc..!!!As vezes as pessoas fazem certos sacrificios e nós nem ligamos...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Porcos assados

Certa vez aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram carne assada e a acharam deliciosa. A partir dai, toda vez que queriam comer porco assado incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o sistema para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque, se o sistema falhava, as perdas ocasionadas eram muitos grandes - milhões eram os que se ocupavam com a tarefa de assá-las. Portanto, o sistema simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a "escala" do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas. Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o sistema. Congressos, seminários e conferencias passaram a ser realizado anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o ajuste do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários e conferencias.

As causas do fracasso do sistema, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou, ainda, às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incendiadores do Norte, do Oeste, etc., incendiadores noturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiadores de verão, de inverno, etc). Havia especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um diretor-geral de assamento e alimentação assada, um diretor de técnicas ígneas (com seu conselho-geral de Assessores), um administrador-geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o "bureau" orientador de reforma ignecooperativas. Havia sido projetada, e encontrava-se em plena atividade, a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando regiões de baixa umidade onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, o fogo mais potente, etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, alem de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno. Professores especializaram-se na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades a fim de que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores, que trabalhavam para as universidades, etc. As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangulamento fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a guiar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH, (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido. Bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o, então, numa armação metálica sobre brasas, ate que o efeito do calor - e não a chama - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o diretor-geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete e, depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe:

- Tudo o que o senhor disse esta muito bem, mas não funciona na pratica. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotecnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades?

- Não sei - disse João.

- e os especialistas em sementes? Em arvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas maquinas purificadoras automáticas de ar?

- Não sei.

- E os anemotecnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinho?E os conferencistas e estudiosos que, ano apos ano, têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo, heim?

- Não sei - repetiu João, encabulado.

- O senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que, se tudo fosse tão simples, nossos especialista já teriam encontrado a solução ha muito tempo? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotecnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas arvores não dão frutos e nem tem folhas para dar sombras? Vamos, diga-me.

- Não sei, não, senhor.

- Diga-me, nossos três engenheiros em porcopirotecnia, o senhor não os considera personalidades cientificas do mais extraordinário valor?

- Sim, parece que sim.

- Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com os indivíduos tão importantes para o país?

- Não sei.

- Viu? O senhor tem que se preocupar com problemas específicos que vão melhorar o sistema. Temos de melhorar o sistema e não transformá-lo radicalmente, o senhor, entendeu? Ao senhor, falta-lhe sensatez!

- Realmente, eu estou perplexo - Respondeu João.

- Bem agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por ai que pode resolver tudo. O problema é bem mais serio e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nos, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?

João Bom-senso, coitado, não falou mais um A. Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que ate hoje se diz, Quando ha reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.

As mais belas parábolas de todos os tempos, vol II - Alexandre Rangel.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Indo até Deus

Um dia um homem foi ao barbeiro. Enquanto seus cabelos eram cortados, conversava com o barbeiro. Falava da vida e de Deus. Daí a pouco, o barbeiro, incrédulo, não aguentou e lhe disse:
- Deixe disso, meu caro, Deus não existe.
- Porque?
- Se Deus existisse, não haveria tantos doentes, mendigos, pobres... Olhe à sua volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar.
- Bem, essa é a sua maneira de pensar, não é?
- Sim, claro.
O freguês pagou o corte e ia saindo, quando avistou um maltrapilho imundo, com longos cabelos, barba desgrenhada, suja e abaixo do pescoço. Não aguentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:
- Sabe, não acredito em barbeiros.
- Como assim?
- Se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas.
- Ora, existem tais pessoas porque evidentemente não vêm a mim, não vão ao barbeiro, eu não tenho culpa.
- Ah!!! Agora entendi porque você não acredita em Deus.


Moral:
Vá ao encontro de Deus e livre-se de seus problemas...